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Desindustrialização no Vale segue a todo vapor

Artigo para O Vale – Desindustrialização no Vale segue a todo vapor

Considerado um dos maiores mercados industriais do país, o Vale do Paraíba vem passando por grandes transformações, apesar de um PIB estimado em R$ 119,2 bilhões em 2020. Se por um lado abrigamos famosos centros tecnológicos, como a Embraer, o ITA e grandes montadoras e parques fabris, causa enorme preocupação a aceleração do fenômeno de desindustrialização que temos visto na região nos últimos anos.

De acordo com dados divulgados pela Fundação Seade, o PIB da região do Vale do Paraíba era de 119,2 bilhões em 2020. Se por um lado isso significa que nossa região representa um dos maiores mercados do país, causa enorme preocupação a aceleração do fenômeno de desindustrialização que temos visto por aqui nos últimos anos.

O encerramento das atividades das empresas Ford e LG foi um golpe duríssimo em termos de geração de empregos e arrecadação de impostos, mas foi somente o exemplo mais recente desse triste fenômeno que parece só acelerar. E a cada nova empresa que fecha as portas, fica mais claro o quanto não estávamos preparados para a saída das respectivas fábricas.

Decisões globais quanto à reorganização dos negócios de cada grupo industrial até uma suposta perda de competitividade em virtude de melhores condições fiscais em outras partes foram motivos alegados para essas empresas deixarem o Vale. Mas será que essas perdas poderiam ser evitadas? E vou além: será que não teríamos alternativas para atrair mais empresas e, no caso de se não reverter, ao menos atenuar esse processo de desindustrialização em curso?

É importante termos em mente que a competição por investimento e empregos não ocorre somente em nível local, mas é um processo global. Regiões com melhores condições para receber investimento – como disponibilidade de mão-de-obra qualificada, proximidade dos mercados-alvo, infraestrutura para transporte e armazenamento – levam vantagem. A maior competitividade está em mercados nos quais a carga tributária é menor e simplificada, com menos interferência estatal, com agilidade na emissão de licenças de funcionamento, entre outros aspectos legislativos e tributários adequados à regulação federal. Mas de tudo isso, o quanto de empresas e empregos estamos perdendo para os demais países ou regiões?

Ao longo dos dois anos como deputado estadual liderei iniciativas no estado de São de Paulo para termos aqui exatamente um ambiente de negócios melhor. Entre as ações que busquei liderar, destaco o Código de Defesa do Empreendedor, elaborado junto com o deputado Ricardo Mellão, que foi aprovado, mas vetado pelo atual Governador. Atualmente, estamos trabalhando para derrubar o veto. Também voltado ao empreendedorismo, sou autor da lei 17.34221 que dá mais liberdade para os comerciantes de beira de estrada venderem seus produtos, cuja atividade impacta mais de 90 mil pessoas. Essas iniciativas visam melhorar a vida do pequeno e médio empreendedor e daqueles que buscam gerar oportunidades.

Quem perde emprego e renda não quer um benefício do governo ou algum tipo bolsa-auxílio. O que as pessoas querem é emprego. As pessoas querem trabalhar. E para que os postos de trabalho perdidos em nossa região e país sejam repostos, precisamos, com urgência, fazer as reformas estruturais do Estado, como a Administrativa, a Tributária e as Privatizações.

É diminuindo a interferência do Estado e facilitando a vida do empreendedor que podemos atrair de volta as vagas de emprego perdidas, revertendo o fenômeno da desindustrialização em nossa região. E há enorme espaço para isso.


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